Política

Convênios com Dsei’s serão auditados 

Recursos federais do Ministério da Saúde destinados a gastos com a saúde indígena, através de convênios com ONGs de todos os distritos sanitários especiais indígenas do Brasil, vão passar por profunda auditoria. A afirmação é do senador Telmário Mota (Pros).  

Por telefone, de Brasília, o senador afirmou que esteve na semana passada com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e com a titular da Secretaria Especial de Saúde Indígena, Silvia Nobre Waiãpi, quando foi informado que todos os convênios assinados com os dois distritos sanitários especiais indígenas em Roraima, o Dsei Leste e o Dsei Yanomami, iriam passar por auditoria.   

“Essa auditória já está determinada pelo ministro Mandetta e pela secretária de Saúde indígena, Silvia Nobre, que já iniciaram os trabalhos de análises de contratos de convênios de horas de voo, aluguéis de carros acima do padrão nacional, todos vão passar por uma rigorosa auditoria para apurar uma série de denúncias de superfaturamento na compra de medicamentos e equipamentos acima do preço de mercado. Onde tiver irregularidade os responsáveis serão responsabilizados”, afirmou.  

Especificamente citando os Dsei Leste e Yanomami, Telmário afirmou que existem muitas denúncias que precisam ser apuradas.

“Eu mesmo fui autor de denúncias este ano no Ministério Público Federal e na Polícia Federal, e apresentei planilha sobre um contrato de um milhão de reais do Dsei Yanomami, referente a 100 horas de voo de helicóptero, que custaram um milhão ao mês e doze milhões por ano”, disse. “Isso tem que ser apurado com rigor, saber se isso é necessário, para onde foram estes voos?”, questionou.

“Se for constatada as denúncias com a materialização de provas, que sejam penalizados quem cometeu as irregularidades e que sirva de exemplo para que o dinheiro da saúde indígena, que é muita grana, chegue para prestar um bom atendimento a quem precisa”, disse. “A população indígena reclama que faltam medicamentos, equipamentos, faltam profissionais médicos, enfermeiros e assistência para fazer a medicina preventiva”, afirmou.   

INFORMAÇÕES – A reportagem manteve contato por telefone e e-mail com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde e com o gabinete da secretária Silvia Nobre Waiãpi para obter mais informações sobre as auditorias, mas até o fechamento desta edição, por volta das 19h, não houve retorno. (R.R)